Competição Temática

Analogue Revolution: How Feminist Media Changed the World

Canadá | 93’ | 2024

Realização: Marusya Bociurkiw 

Elenco: Manal Issa, Aïssa Maïga, Isabel Sandoval

Produção: Winds of Change Productions

Sinopse:

Traçando as comunicações feministas analógicas dos anos 70 aos anos 90, precedendo a era MeToo, em todo o Canadá. Apresenta pioneiras como Bonnie Sherr Klein e Sylvia D. Hamilton, e colectivos como Press Gang e Our Lives. O filme destaca o primeiro festival de cinema de mulheres de cor e a criação do Pedestal, o primeiro jornal feminista do Canadá. O filme investiga o impacto dos cortes draconianos após o massacre da École Polytechnique, que levou a um ressurgimento de feministas BIPOC mais jovens, utilizando estratégias analógicas para novas redes digitais.

Biografia

Marusya Bociurkiw, uma veterana dos meios de comunicação social, começou com colectivos de vídeo feministas nos anos 80. Com uma carreira que abrange 10 filmes e 7 livros, o seu trabalho tem sido reconhecido internacionalmente. O seu aclamado documentário "This Is Gay Propaganda" foi exibido em todo o mundo e os seus livros receberam inúmeros prémios. Bociurkiw é professora na Universidade Ryerson e recebeu várias distinções, incluindo o Prémio Literário Kobzar. O seu último projeto, "Analogue Revolution", explora o ativismo mediático feminista canadiano a partir da sua perspetiva pessoal.

Beirute: Olho da Tempestade

Portugal |74’ | 2021

Realização: Mai Masri

Produção: Nour Productions, Orjouane Productions, Les Films D’Ici

Sinopse

Quatro jovens artistas em Beirute documentam a revolta de outubro de 2019 contra a corrupção e o domínio sectário. Este relato pessoal de um período tumultuado na história do Líbano explora o papel das mulheres, da criatividade e da mudança.

Biografia

Mai Masri é uma cineasta palestina que dirigiu e produziu mais de 18 filmes que foram exibidos em todo o mundo e ganharam mais de 90 prêmios. Alcançou reconhecimento internacional com a sua longa-metragem, 3000 Nights. Ela é membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. A sua filmografia inclui: Under the Rubble, War Generation, Wildflowers, Children of Fire, Hanan Ashrawi, Children of Shatila, Frontiers of Dreams & Fears, Beirut Diaries, 33 Days e Beirut: Eye of the Storm.

Herederas 

Espanha |18’30’’ | 2023

Realização: Silvia Venegas

Produção: Making DOC

Sinopse

Um tributo ao legado desconhecido das mulheres europeias que lutaram pelos direitos das mulheres. Herdeiras de uma linhagem de mulheres corajosas, mas quem foram essas ancestrais que ocuparam as ruas da Europa para lutar pelos nossos direitos? Uma das mais importantes foi o direito de voto para as mulheres, que finalmente reconheceu as mulheres como verdadeiras cidadãs. Diante de leis injustas que vinham desde tempos imemoriais, elas se rebelaram. O eco dessas ancestrais ressoa fortemente hoje nas mulheres que ocupam as ruas para reivindicar seus direitos, denunciar a violência e defender a igualdade juntas.

Biografia

A cineasta Silvia Venegas (Santa Marta, Extremadura, 1982) é Presidente da Academia de Cinema da Extremadura e membro da Academia de Cinema da Espanha e da Academia de Cinema Europeu. Em 2020, ganhou o Prémio Goya de Melhor Documentário de Curta-Metragem com "Our Life as Refugee Children in Europe", também candidato ao Oscar.

Marias

Brasil |80’ | 2022

Realização: Ludmila Curi

Produção: Plano9, Limiá Filmes

Sinopse

Marias é um road movie que percorre o Brasil e a Rússia em busca de uma personagem invisibilizada ao longo de toda a sua vida. Campesina, nordestina, clandestina, Maria Prestes teve vários nomes. Foi, na verdade, muitas. Em busca da sua protagonista, o filme atravessa as histórias de outras mulheres, anónimas e famosas, que lutaram pela sua vida e pelo seu país. Entre elas estão a alemã Olga Benário, a ex-presidente Dilma Rousseff e a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. Marias reconhece a importância das lutas cotidianas das mulheres para conciliar papéis e escolhas, como a maternidade, o trabalho e a luta por um mundo melhor.

Biografia

Em 2021, produziu e realizou a websérie EscutaRio.com.br., com 12 títulos que percorreram festivais e ganharam prémios. Entre eles destacam-se "Lidiane", Melhor Destaque Feminino da Competição Nacional do Femina 2023; "Rafaela", Prémio Melhor Filme Bafo no Festival CineFavela LGBTQIA+ (Grupo Nós do Morro); e "Alex", premiado no Festival Entretodos 2022, em São Paulo. Ludmila também ganhou prémios com os curtas “Intervalo” (Prêmio Brasil de Cinema Infantil, no 19 FICI, 2021 e os prémios de Melhor Filme e Melhor Ator na 5ª Mostra de Cinema de Fama, 2022; "Doutor Magarinos, advogado do morro" (melhor documentário no FestCineAmazônia 2014); e "Proibidão" (Prêmio Visão Social do Festival Entretodos 2012).

Mariquita, Mulher Revolução 

Argentina |62’ | 2023

Realização: Sabrina Farji

Sinopse

Quem foi Mariquita Sanchez de Thompson? Aquela mulher pintada no centro do quadro a óleo de Pedro Subercasseaux (1909) que homenageia o Centenário da Nação. Aquela que teria interpretado pela primeira vez o Hino Nacional. Foi ela quem moveu um processo que estabeleceu jurisprudência para poder casar com o amor da sua vida. "O que está por detrás do mito desta mulher que escreveu memórias do vice-reinado, deixou obras escritas relevantes e faz parte da galeria das mulheres da história? Porque é que sabemos tão pouco sobre ela? Se a história dos nossos países só é conhecida através das batalhas, as mulheres têm pouco a ver com ela. É tempo de repensar a história numa outra perspetiva.  Mariquita foi uma das mulheres cuja fotografia foi retirada da Sala da Mulheres a 8 de março de 2024 para ser substituída por de homens militares na Casa do Governo.

Biografia

Sabrina Farji é uma produtora de cinema e televisão argentina, argumentista, autora e artista multidisciplinar. Showrunner, criadora, chefe de argumento e produtora executiva. Vice-presidente do Conselho da Academia de Cinema da Argentina, Delegada Ibero-americana da CIMA (Espanha), Membro do conselho de La mujer y el cine (Mulher e Cinema). CEO da Zoelle Productions, sediada em Buenos Aires - Argentina. Farji também faz parte da equipa que criou e desenvolveu o Observatório de Igualdade Audiovisual (OIA Observatorio Igualdad Audiovisual) Cannes (2018) Ventana Sur 2023. Criou projetos poderosos com perspectiva de género, como Eva & Lola, Fronteras, El Paraiso, Mother's Daughter's & other issues, The happy ones, Tropic, Great girls, entre outras produções relevantes. É palestrante frequente sobre mulheres no campo audiovisual, criadora de políticas de perspectiva de género, jurada e tutora regular de projetos audiovisuais como Ibermedia, Proimagenes Colombia, PODA (Fundo Vitivinícola Mendoza), Comité de Preclassificação INCAA, Cineposium Colombia, Power for change (Fórum Global de Organizações de Mulheres de Cinema. Berlim).

Šagargur |Saint Gregory

Montenegro, Sérvia |Montenegro, Serbia |61’| 2024

Realização: Nataša Nelević

Produção: Live Production, RezON

Sinopse

As memórias de prisão de Djina, os relatos das pessoas que testemunharam a sua vida após o retorno do campo de prisioneiros, as imaginações e reflexões de vários jovens artistas contemporâneos montenegrinos levam-nos ao campo de prisioneiros da ilha de São Gregório. Nesta ilha, mais de 600 mulheres iugoslavas foram expostas a humilhação e tortura de 1949 a 1952. Muitas delas morreram lá, e a maioria das que sobreviveram nunca se recuperaram completamente.

Biografia

Nataša Nelević (1961) é escritora, teatóloga, teórica feminista e ativista. Autora dos livros de ficção "Eggs" (2010), "Dramas" (2017), "Meu nome é Čupa" (2018) e "Um Pequeno Romance sobre Lama" (2023). Também é autora de muitos livros e artigos teóricos (teatrologia, história das mulheres, teoria feminista) e projetos artísticos principalmente focados na história e memórias das mulheres. Ganhou o Prémio de crítica teatral "Sterijina nagrada"; Sterijino pozorje, Novi Sad, 2003. E o Prémio de melhor drama contemporâneo, concedido pelo Teatro Nacional de Montenegro, 2010, Podgorica.

Costurar para Dizer 

Reino Unido, Espanha | 69’ | 2022

Realização: Rakel Aguirre 

Produção: Matrioshka Films

Sinopse

Thalia, uma artista e criadora de banners, juntou-se a um acampamento de paz exclusivo para mulheres no início dos anos 80 para se opor às armas nucleares por meio de meios não violentos. Há 42 anos,  marchou de Cardiff para Greenham Common, protestando contra os mísseis de cruzeiro americanos no Reino Unido. Temendo uma guerra nuclear, elas permaneceram, formando um acampamento de paz exclusivo para mulheres. Ao longo de duas décadas, tornou-se um centro para as vozes das mulheres, com Thalia, uma das marchantes originais e fundadora do acampamento, agora compartilhando sua história não contada. Esta ação coletiva mudou vidas e inspirou gerações.

Biografia

Rakel Aguirre (Pamplona / Iruñea, Espanha, 1981) é jornalista e cineasta independente. Formou-se em Jornalismo na Universidade do País Basco e completou sua formação em artes visuais com um diploma em Documentário na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños (EICTV) em Cuba. Em 2011, dirigiu a sua primeira curta-metragem documental e, em 2014, co-dirigiu a curta-metragem 'The Lady of Percussion', exibido em festivais como London Feminist Film Festival. Desde então, vem trabalhando em 'Sew to Say', sua primeira longa-metragem documental. Interessada em história e feminismo, seu trabalho visa documentar as histórias não contadas daqueles à margem.

Uma Mulher Comum

Brasil, Argentina |20’ | 2023

Realização: Debora Diniz

Produção: ANIS INSTITUTE       

Sinopse

O que de um lado da fronteira é permitido, do outro pode levar à prisão. Scarleth é brasileira, casada e mãe de três filhos. Acompanhada da mãe, viaja à Argentina para um aborto legal e seguro. As duas mulheres se deparam com a coragem de gerações de argentinas em defesa da democracia e da vida.

Biografia

Debora Diniz é antropóloga e documentarista brasileira. Seus filmes tocam em questões sensíveis e urgentes às mulheres. “Uma mulher comum” é seu sexto documentário. Seus filmes anteriores foram exibidos em mais de 20 países e receberam mais de 50 prêmios