DOCUMENTÁRIOS NACIONAL

As Melusinas à margem do rio

Portugal |82’ | 2023

Realização:  Melanie Pereira

Produção: Red Desert Films

Sinopse:

Nascidas no Luxemburgo de famílias imigrantes, cinco mulheres refletem sobre países, identidades, fragmentos e sereias.

Enquanto procura por entre montes e rios por Melusina, sereia mutante e lendária da cidade do Luxemburgo, a realizadora conversa com quatro mulheres sobre as suas identidades incertas : o que é ser imigrante sem o ser, e ser luxemburguesa sem o ser. Uma viagem por memórias em tempos de chuva. Uma procura por identidades sempre fragmentadas. Uma tentativa incerta de reconciliações.

Biografia:

Realizadora de cinema, o trabalho de Melanie Pereira gravita em torno de duas temáticas centrais, a emigração portuguesa e a luta pelos direitos das mulheres. As suas primeiras obras inserem-se ao que chama de Ciclo da Emigração e abordam fragmentos migratórios através de observações, memórias, tempos e arquivos. Ativista feminista, desenvolve ainda várias investigações e trabalhos artísticos em torno de cinema e mulheres, em especial no contexto português.
Em 2023, foi uma das realizadoras portuguesas emergentes escolhidas para integrar o programa The Factory da Quinzena dos Realizadores de Cannes. Em outubro do mesmo ano, a sua primeira longa-metragem As Melusinas à margem do rio é triplamente premiada no Doclisboa, entre os quais com o Prémio HBO Max para Melhor Filme da Competição Portuguesa.

Big Bang Henda

Portugal, Angola |22’ | 2023

Realização: Fernanda Polacow

Produção:  Wonder Maria Filmes

Sinopse:

Derrubar estátuas e símbolos, edificar novas memórias, enquadrar a paisagem destruída, escrever cartas para o futuro, reverter as relações de poder: BIG BANG HENDA é um documentário-poesia-manifesto sobre a obra do angolano Kiluanji Kia Henda.

Biografia: 

Fernanda é uma argumentista e realizadora, que vive entre o Brasil e Portugal. Tem trabalhado nas interseções entre o Brasil, Portugal e os países africanos de língua portuguesa e ex-colónias de Portugal há décadas. O seu primeiro filme como argumentista, Mosquito, foi o filme de abertura no Festival de Cinema de Roterdão (2020) e ganhou o Prémio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de São Paulo (2020), além de ter percorrido dezenas de festivais. Tem estado a desenvolver, escrever e realizar para televisão, streaming e cinema, e algumas das suas obras receberam prémios e nomeações na Academia Brasileira de Cinema, Festival de TV e Cinema de Nova Iorque, Festival de Mulheres de Hollywood, entre outros. Fez parte do Torino Film Lab 2023. É cofundadora da MUTIM, uma associação de mulheres no cinema em Portugal.

Por divisão e diferenciação

Portugal | 14’36’’ | 2023

Realização: Carolina Grilo Santos

Sinopse: 

By division and differentiation trata-se de uma ficção especulativa ou um documento sobre o dia-a-dia como intruso. Apresentado em formato de vídeo, este projeto é o resultado de um programa de residência que cruzou as investigações científica e artística, revelando reflexões imagéticas, gestos percepcionados e pensamentos à deriva.

Biografia:

Carolina Grilo Santos (Aveiro, 1993) é uma artista plástica sediada no Porto (PT). Colabora como investigadora convidada com o i2ADS, co-fundou o projeto Paralaxe, é membro do coletivo Campanice e trabalha regularmente como produtora cultural. Na sua carreira destacam-se as exposições individuais ¿Por qué todo se vuelve oscuro? (Sala Picnic, Madrid, 2024) e how to make a fossil in a single day (Galeria Ocupa!, Porto, 2021) e as exposições coletivas Pissing in a river (Galeria Nuno Centeno, Porto, 2023), Devenir Isla - Inéditos 2022 (Casa Encendida, Madrid, 2022) e Notes on Tomorrow – Exposição Europeia Itinerante (Lituânia, Noruega, Portugal, 2016). As suas obras marcam presença em coleções privadas e na Coleção Arte Contemporânea da Câmara Municipal do Porto.

Clandestina

Portugal |82’ | 2023

Realização: Maria Mire

Produção: Terratreme

Sinopse:

Para pensar as atuais práticas de dissidência política, mergulhamos no passado e acompanhamos a vivência de uma jovem artista. Convidada a entrar na clandestinidade em Portugal na segunda metade do século XX, Margarida Tengarrinha, desempenhou um importante papel na resistência antifascista, tornando-se falsificadora por militância política. Através do anacronismo temporal, CLANDESTINA é como uma missiva a um tempo porvir, uma premonição da possibilidade trágica da História se estar a repetir.

Biografia

Maria Mire (Maputo,1979). Vive e trabalha em Lisboa. O trabalho artístico e de investigação que desenvolve é sobretudo centrado nas questões da percepção da imagem em movimento. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP em 2016, com a tese “Fantasmagorias: a imagem em movimento no campo das Artes Plásticas”.  É professora e co-responsável do Departamento de Cinema/Imagem em Movimento do Ar.Co., em Lisboa. Colabora igualmente no PhD em Arte dos Media e Comunicação da ULHT, assim como no Mestrado de Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR. Integrou diversos projetos artísticos colaborativos, dos quais se destacam o Coletivo Embankment, Plataforma Ma ou Patê Filmes. Tem desenvolvido diversos projetos colaborativos de crítica e especulação artística com Aida Castro. Realizou o filme “Parto sem dor”, uma conversa imaginada com Cesina Bermudes, que integrou a seleção oficial do INDIELISBOA 2020, e do Festival Caminhos do Cinema Português, Seleção Outros Olhares 2020, assim como a edição do PORTO FEMME – International Film Festival, onde recebeu o Prémio de Melhor Documentário da Competição Nacional.

Dildotectonics

Portugal |16’ | 2023

Directing: Tomás Paula Marques

Production: Tomás Paula Marques, Ágora Cultura e Desporto, Filma Porto Commision, Fúria de Boi, Pedreira, Elías Querejeta Zine Eskola

Synopsis:

In this day and age, Rebeca attempts to create a collection of non-phallic ceramic dildos. During the Inquisition, Josefa finds a dildo that is used in their forbidden love relationship with Maria. Although in different timelines, the paths of Rebeca and Josefa end up crossing each other.

Biography:

Tomás Paula Marques (she/they, b.1994) is a Portuguese film director born in Porto. They graduated in Directing and Image from ESTC. Directed the short films EM CASO DE FOGO (2019), CABRA CEGA (2021), WHEN WE DEAD AWAKEN (2022) and DILDOTECTÓNICA (2023), in which they explore the difficulties the characters face when breaking or questioning expectations of gender and sexuality, developed from her experience and research. These films have been presented internationally at venues such as Curtas Vila do Conde and IndieLisboa (Portugal), FICUNAM (Mexico), Kurzfilm Festival Hamburg (Germany), Olhar de Cinema (Brazil), Premiers Plans d'Angers (France), San Sebastián International Film Festival (Spain), Visions du Réel (Switzerland) and many others. At the same time, Paula Marques has collaborated in cinema as an annotator, director of photography and editor, and has also worked with other visual artists.